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Brasil se une para salvar as suas crianças da prostituição

Fabiola Cangussu, da Cáritas Diocesana de Montes Claros
Crédito: Divulgação

O Brasil além da violência que a cada dia aumenta de maneira vertiginosa convive também com um outro grave problema - a referencia é ao problema da prostituição e violência infantil.

A primeira forma de maus tratos contra adolescentes é a agressão física, o abuso sexual é a segunda forma mais recorrente. A grande maioria das crianças abusadas é composta por meninas da idade entre 07 e 14 anos. De acordo com estimativas, uma em cada três ou quatro meninas brasileiras é abusada sexualmente até a idade de 18 anos, da mesma forma, que uma entre 6 a 10 meninas é abusada até 18 anos.

Outro ponto considerado grave, mas que mostra o retrato da realidade de vários lares pelo Brasil é que o incesto é uma das manifestações mais perversas da violência sexual. Estudo realizado no ABC paulista registrou que 90% das gestações em jovens com até 14 anos foram fruto de incesto, sendo o autor na sua maioria, o pai, o tio ou o padrasto.

Tendo como motivo estes e outros números alarmantes sobre a prostituição e violência infantil e também dentro das comemorações de combate a este mal que cresce de maneira latente em todo o Brasil, aconteceu na manhã da última quinta-feira, na praça da Matriz uma intensa programação de conscientização sobre o combate à violência e exploração sexual infanto-juvenil e que contou com representantes da prefeitura de Montes Claros e também com aproximadamente 300 pessoas, que com suas presenças apoiaram o evento de maneira intensa. Algumas escolas do município e do estado estiveram também presentes no movimento.

UNIÃO

A parada teve organização do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do adolescente, que é composto em Montes Claros das seguintes entidades: Apae, Asrsonorte. Cáritas, Centro Marista de Pastoral, Ciansa, Circulo dos Trabalhadores Cristãos, Colégio Marista São José, Conselho dos Direitos, Conselho Tutelar, Consep/ Maracanã, Fundação Fé e Alegria, Grappa, Irmãs da Anunciata, O Nosso Lar, Pascom, Pascri, Pastoral do Menor, Programa de Apoio à Criança, Programa Liberdade Assistida, Programa Sentinela, Projeto Aquarela, Projeto Luz, Ronda Social e SOS.

De acordo com Fabiola Cangussu que faz parte da Cáritas Diocesana de Montes Claros, todas as instituições acima mencionadas participam do movimento de conscientização ao crime de prostituição infantil.

- A proteção à criança é um dever de todos nós, por isso estamos realizando esta movimentação no intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância de proteger as crianças, não somente as do sexo feminino, mas também do masculino que também sofre com este tipo de abuso - diz Fabiola Cangussu.

Outro ponto abordado por ela é quanto ao lançamento de um adesivo com os dizeres Combate à Violência e Exploração Sexual Infanto-Juvenil. Segundo Fabiola, a logomarca foi criada por Daniele Almeida que é aluna da 7º serie da Escola estadual Antonio Canela e que como brinde ela ganhou uma bicicleta - já o slogan da campanha foi criado pelo aluno Alcioli Santos que faz parte da Legião de assistência recuperadora nosso lar.

Fabiola Cangussu incentiva toda a sociedade montesclarense a divulgar a marca, pois a mesma não tem patente. Diz ainda da seqüência de eventos para divulgar cada vez mais os dizeres da marca.

CONSELHO TUTELAR

A presidente do Conselho Tutelar de Montes Claros Flávia Araújo que também participou de maneira ativa do dia de combate à prostituição infantil na cidade, diz que a exploração sexual e também a violência contra a criança crescem de maneira acelerada.

Ela conta que se não for realizado este tipo de conscientização não teremos crianças para o futuro do Brasil.

O telefone para denuncias contra a prostituição e violência infantil é, 3214-8144 ou 9936-0724, o novo endereço do Conselho Tutelar rua Odilon Macaúbas 33 centro.

conscientização parada exploração sexual

Samuel Nunes


22 de maio de 2006


Jornal O Norte


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