APOIO - João Regis da Silva destaca que existem mais de 2.000 voluntários
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O núcleo do Centro de Valorização da Vida realiza nesta quinta-feira (3) as 19h30, no auditório da Amams, a primeira palestra aberta a comunidade para apresentação da ONG que atua há 55 anos na prevenção do suicídio e valorização da vida em todo o país. A reunião servirá também para a implantação do Navimoc (Núcleo de Apoio à Vida Montes Claros).
A palestra tem como objetivo chamar a atenção das pessoas para o tema considerado tabu na sociedade e a captação de voluntários. O coordenador de expansão do CVV e responsável pela palestra de apresentação, João Regis da Silva, explica a importância dos atendimentos da ONG.
"Os serviços oferecidos pelo CVV baseiam-se na compreensão, respeito, confiança e aceitação e são feitos através do apoio emocional, garantindo o sigilo e privacidade da conversa. Toda pessoa com intenções de ajudar, e de se ajudar, com ou acima de 18 anos e com disponibilidade de aceitar um serviço ainda em desenvolvimento, poderá participar da capacitação a ser realizada em Montes Claros, podendo ser voluntário, além de passar por um treinamento virtual e presencial", explica João Regis.
Para o coordenador, falar do suicídio é importante para que as pessoas com este pensamento possam se sentir compreendidas e assim podendo ser prevenidos em 90%, se estas pessoas buscarem ajuda, inclusive, no CVV.
João Regis da Silva ainda destaca que a ONG já atendeu nos últimos 10 anos, um milhão de pessoas em todo o país e que o suicídio não escolhe posição ou situação social e em qualquer pessoa pode se instalar este pensamento, se não buscar ajuda, poderá acontecer de fato.
A presidente do Navimoc, Silvana Antunes, é que teve a iniciativa de trazer o centro para a cidade do Norte de Minas após um drama pessoal. "Perdi meu filho, Felippe, em junho de 2010 para o suicídio. Nesta época, ele estava com 23 anos e com um quadro de depressão profunda. Esta foi uma experiência devastadora, não só para mim, mas para toda minha família. Depois desse fato, comecei a perceber que o suicídio era mais comum do que imaginava e que não havia na nossa cidade um trabalho de prevenção a ele", comenta.
Silvana destaca que viu na sua dor a necessidade de fazer um trabalho preventivo para que outras famílias não passassem pela triste experiência que ela havia passado e começou seu trabalho com o CVV. "Entrei em contato com o Régis, responsável pela expansão da ONG e aqui estamos prestes a tornar realidade o nosso sonho", finaliza.
O Navimoc terá uma sede presencial, e o atendimento será feito por telefone, pessoalmente, por correspondência, chat, Skype ou e-mail. A pessoa que procurar o CVV terá o sigilo assegurado, a total privacidade e anonimato. O telefone de contato é o 141 e o site é o www.cvv.org.br.
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Lucimery Lopes
31 de julho de 2017
Jornal O Norte